O que o Papa Francisco e Divaldo Franco têm em comum e de diferente? De comum, têm muitos aspectos, uns mais óbvios do que outros. Ambos tiveram uma passagem marcante pela Terra, na última vida, para quem acredita que temos mais do que uma. Os dois foram líderes religiosos e referência para milhares ou milhões de pessoas. Ambos eram agentes poderosos do bem, despertaram gratidão e construíram um legado, que os farão ser lembrados por muito tempo. Francisco e Divaldo deixaram suas marcas e contribuíram para tornar o mundo melhor. De uma maneira ou de outra, tinham absoluta fé na existência da Grande Força Superior que ambos chamavam de Deus. Para os dois, há um mundo invisível, o espiritual, que é mais importante que o mundo material que ocupamos temporariamente. Um era católico e o outro, espírita. Um argentino e outro brasileiro. Mas que importância há nestas diferenças? E o que outras semelhanças relevantes existem entre eles e deles com cada um de nós?

Creio que uma coisa que se destaca é a consciência da Missão e o desenvolvimento de um Propósito. É possível perceber que ambos tinham um senso de Missão muito forte. Suas escolhas conscientes, somadas ao que se deixaram levar pelo que a vida lhes trouxe, indicam que eles foram capazes de perceber a própria Missão e criar um Propósito relacionado a ela.

Ou seja, eles pareciam saber o que vieram fazer aqui e desenvolveram uma paixão, unindo Missão e Propósito. Quando isto ocorre, ambos se potencializam e nos tornam melhores nas dimensões do Ser e do Fazer, como Francisco e Divaldo.  Mas será que isto é porque eles eram pessoas especiais? Estaria isto ao alcance de pessoas comuns como nós?

Os fatos demonstram que sim. Da mesma maneira que a vida e as suas escolhas os conduziram para a jornada que traçaram, nossa história também nos sinaliza caminhos, nos oferece oportunidades e dificuldades, nos comunica em uma linguagem que podemos buscar entender, qual é, afinal, a nossa Missão maior. Cada um de nós tem a sua Missão, assim como o Papa Francisco, Divaldo Franco, Nelson Mandela, Fernanda Montenegro, Maria Betânia, Donas Marias e milhares de João da Silva também a possuem.

Um forte sinalizador de nossa Missão são os nossos dons naturais e especialmente os que pudemos transformar em talentos. Quais nos ajudaram a nos diferenciar e a fazer diferença na vida de outras pessoas? No que já fomos reconhecidos? Quando crianças, quais eram os nossos sonhos? E quais são os nossos sonhos hoje? O que nos faz mais feliz? O que nos torna plenos? Sabemos que são respostas que não encontraremos fora de nós mesmos, mas precisamos de tempo, de vontade e de algum silêncio para fazermos este mergulho e trazer de lá a resposta para a pergunta que, costumo brincar, vale um milhão de dólares: qual é a nossa missão?

Destaco que mais vale a pergunta do que a resposta, que sempre será uma aproximação, algo que compreenderemos melhor com o tempo. Com ele, provavelmente vamos descobrir que a primeira intuição que tivemos não estava longe. De alguma maneira, nosso espírito e nosso subconsciente, por meio de nossas escolhas, nos conduziram para ela, em diversas situações. Na frente, como disse Steve Jobs, seremos capazes de ligar os pontos e perceber a sincronicidade dos acontecimentos.

Mas a Missão poderá ser pesada, se não for complementada com o Propósito. É como um casal, quem sem o amor, a atração e a amizade, restaria apenas o dever que cada um tem com o outro. O Propósito é o que dá o sabor e, alinhado à Missão, o motivo para fazer com vontade o que devemos fazer. Missão e Propósito alinhados nos tornam agentes de Felicidade para outras pessoas, nos aproximando de nossa felicidade também.

A vocação, pode-se dizer, é uma combinação de Missão e Propósito. Vale para Francisco, para Divaldo e para cada um de nós. De minha parte, tenho muito a aprender com os dois.

E você? O que você tem em comum com Francisco e com Divaldo?